Lula sanciona lei para ampliação da produção de combustíveis sustentáveis

Foto: Ricardo Stuckert / PR

por Leonardo Souza

Publicado em 09/10/2024,

às 18h31

Na última terça-feira (8), o presidente Lula assinou a Lei Combustível do Futuro, que incentiva a produção e uso de combustíveis sustentáveis. A lei desenvolve programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de ampliar a mistura de etanol à gasolina de 22% a 27%, podendo chegar a 35%, e também aumentar a mistura de biodiesel ao diesel.

“Vamos aumentar a mistura do etanol na gasolina. Estamos fortalecendo a cadeia do etanol criada há 40 anos, impulsionada nos anos 2000 com os veículos flex. Poderemos saltar do E27 até 35% de etanol na mistura. Isso vai expandir a produção nacional, que hoje é de 35 bilhões de litros, para 50 bilhões de litros por ano. São mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos e R$ 25 bilhões para formação de canaviais, de mais milharais e transportes. É a segunda geração do etanol”, destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

Ainda segundo o ministro, a Lei Combustível do Futuro vai gerar mais de R$ 260 bilhões de investimentos no agro e na cadeia dos biocombustíveis, estabelecendo ainda três programas para incentivar a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso de biocombustíveis visando promover a descarbonização da matriz de transportes e de mobilidade.

O primeiro deles é o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV). Esse programa estabelece que a partir de 2027, os operadores aéreos serão obrigados a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos por meio do uso do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). As metas começam com 1% de redução e crescem gradativamente até atingir 10% em 2037.

Já o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) prevê que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) institua, a cada ano, a quantidade mínima, em volume, de diesel verde a ser adicionado ao diesel de origem fóssil.

Por fim, o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano tem como objetivo estimular a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso do biometano e do biogás na matriz energética brasileira. O CNPE definirá metas anuais para redução da emissão de gases do efeito estufa pelo setor de gás natural por meio do uso do biometano. A meta entrará em vigor em janeiro de 2026, com valor inicial de 1% e não poderá ultrapassar 10%.

Em seu discurso, Lula destacou a importância da lei como exemplo de potencial econômico do Brasil.

“A sanção dessa lei é uma demonstração de que nenhum de nós tem o direito de duvidar que o país pode ser uma grande economia. Porque esse país tem tudo para crescer. O que [o país] precisa é de governantes à altura das aspirações do povo brasileiro”, disse o presidente.

Lula também afirmou que o Brasil é respeitado pelos outros países pelas medidas tomadas na produção de energia limpa e afirmou que agora é hora da “colheita” das medidas implementadas desde o início do governo.

“Tenho dito para os meus ministros: agora é época da colheita. Agora é hora de a gente colher, e colher bem. Porque quero, outra vez, deixar a Presidência da República com esse país crescendo, respeitado no mundo inteiro, invejado no mundo inteiro pela nossa capacidade de fazer essa revolução energética que estamos fazendo”, destacou.

Compartilhe

Categorias

Últimas Notícias

Cerca de 200 mil pessoas devem deixar Salvador durante Semana Santa

18/04/2025

às 07h47

Receita recebe quase 14 milhões de declarações do IR

18/04/2025

às 07h42

Cinco homens trocam tiros com a Rondesp e morrem na zona rural de Santa Bárbara

18/04/2025

às 07h38

Bahia perde para o Cruzeiro e encerra invencibilidade de 12 jogos

18/04/2025

às 07h34

Nordeste lidera ranking do crescimento na renda do trabalho

18/04/2025

às 07h30

Publicações Relacionadas