A Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) divulgou na última quinta-feira (10), um laudo que reprovou 18 marcas de creatina comercializadas no mercado nacional. A pesquisa, que analisou 88 produtos, constatou que 21% das marcas reprovadas anteriormente foram aprovadas nesta nova edição, refletindo uma leve melhora na qualidade dos produtos.
Um dado alarmante da análise foi a descoberta de que dez marcas, fabricadas por quatro diferentes empresas, não apresentavam nenhuma grama de creatina em suas composições. Entre elas, uma única empresa foi responsável pela fabricação de cinco das dez marcas que não passaram no teste.
A legislação permite uma variação de até 20% entre a quantidade de creatina indicada no rótulo e a real presença do composto no produto. Com base nesse critério, a Abenutri classificou os produtos em cinco categorias: de 0% a 5% de creatina, de 5,1% a 10%, de 10,1% a 20%, -100% (sem creatina) e de -21% a 99%.
No primeiro grupo, de 0% a 5%, 48 marcas foram aprovadas. Já nas categorias de 5,1% a 10% e de 10,1% a 20%, 13 marcas também obtiveram a aprovação.
Os resultados da análise geraram controvérsia, e os fabricantes dos produtos reprovados já tomaram medidas judiciais contra a divulgação das informações. A Abenutri disponibiliza a lista completa das marcas analisadas, incluindo aquelas aprovadas e reprovadas, em seu site oficial.
A situação levanta preocupações sobre a segurança e a eficácia dos suplementos nutricionais disponíveis no mercado, destacando a importância de uma maior fiscalização e transparência na indústria de nutrição esportiva.
