A comercialização de ovinos em 2024 registrou um crescimento expressivo em relação ao ano anterior. Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), foram 30,85 mil animais transferidos dentro do sistema da entidade, contra 11,159 mil em 2023. O aumento indica uma maior busca por animais com registro genealógico, ampliando o número de criadores interessados na ovinocultura.
Evolução dos registros e impactos climáticos
A superintendente de Registro Genealógico da Arco, Magali Moura, afirmou que, apesar da estabilidade na inscrição de novos animais, a comercialização triplicou. Segundo ela, o volume de registros teve um leve recuo de 1,8%, passando de 43,394 mil para 42,647 mil. A expectativa para 2025 é de aumento nos registros, impulsionado pela inclusão da raça Soinga, desenvolvida na região Nordeste do Brasil.
O setor enfrentou dificuldades em 2024, principalmente devido a condições climáticas adversas. A seca registrada no Nordeste no final do ano passado resultou na perda de animais, impactando os números de registros. No Rio Grande do Sul, enchentes em maio de 2024 também afetaram a criação de ovinos, levando a perdas entre os criadores locais.
Para o presidente da Arco, Edemundo Gressler, o crescimento na comercialização demonstra o potencial econômico da ovinocultura, mesmo em um período desafiador. Ele ressaltou que a movimentação do mercado fortalece a cadeia produtiva e contribui para a expansão da atividade.
A tendência para 2025 é de continuidade no crescimento do setor, com expectativa de novos registros e ampliação das vendas. A inclusão de novas raças e o aumento da demanda por carne ovina são fatores que podem impulsionar a produção e a comercialização no Brasil.