Banco Central inicia segunda fase do projeto Drex com foco em contratos inteligentes

Testes avaliarão como o real digital pode transformar transações no mercado financeiro e em setores como agronegócio e imóveis

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

por Tabitha Gomes

Publicado em 14/10/2024,

às 14h59

A partir desta segunda-feira (14), o Banco Central (BC) abre o processo para receber propostas de empresas interessadas em participar da segunda fase de testes do Drex, a versão digital do real. Com o prazo de envio até 29 de novembro, esta etapa vai focar no desenvolvimento de negócios com contratos inteligentes, trazendo uma inovação que promete agilizar e reduzir custos nas transações financeiras.

As instituições participantes deverão testar modelos de negócios que envolvem emissão, resgate e transferência de ativos, além da simulação de fluxos financeiros decorrentes de eventos de negociação. Essas operações serão baseadas em contratos inteligentes, uma tecnologia que executa automaticamente os termos de um contrato assim que ele é ativado, eliminando etapas burocráticas como assinaturas em cartórios.

Baseados na tecnologia blockchain, amplamente conhecida pelas criptomoedas, os contratos inteligentes podem revolucionar transações como a compra e venda de imóveis, veículos e até ativos do agronegócio. No caso da venda de um veículo, por exemplo, o processo de pagamento e transferência de documentos seria automático, sem necessidade de intermediários ou etapas burocráticas. Com isso, o BC espera trazer mais eficiência e agilidade ao mercado, reduzindo custos e potencializando a segurança das operações.

O futuro do real digital

O Drex faz parte de uma iniciativa maior do Banco Central para modernizar o sistema financeiro brasileiro e trazer novas soluções digitais que podem beneficiar tanto o mercado quanto os consumidores. Com o uso de contratos inteligentes, o BC aposta em uma nova era de transações automatizadas, onde a confiança será garantida por códigos programados, minimizando erros humanos e fraudes.

Ao abrir a segunda fase de testes, o BC busca empresas com capacidade técnica para explorar o potencial dessa tecnologia, transformando a forma como contratos financeiros são executados no Brasil. Se bem-sucedida, essa etapa pode pavimentar o caminho para a implementação completa do Drex e a expansão dos contratos inteligentes para diversos setores da economia.

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